Total de visualizações de página

domingo, 8 de julho de 2012

E....naufragamos...

Ontem as bruxas estavam soltas, fomos velejar na lagoa de Itaipu em Niterói e tivemos vários contratempos. Nosso caiaque duplo naufragou em meio a uma velejada com vento forte e turbulento, como sempre é na lagoa de Itaipu. Eu explico, quando levamos o caiaque para a lagoa, utilizamos um reboque de carga com um par de rack adaptado para levar caiaque, só que normalmente levamos o caiaque emborcado pois a parte superior é mais rígida que o fundo para ser apoiada nas travessas do rack. Eu optei por levar esse caiaque duplo na posição normal de navegação para colocar os dois flutuadores dentro do próprio caiaque, o que facilita a amarração e otimiza o espaço. Normalmente eu prendo o caiaque com cintas com catracas, e foi isso que fiz. Só que desta vez algo deu errado, talvez eu tenha apertado demais a catraca o que provocou uma sobretensão no fundo do caiaque e terminou por romper a fibra e fazer uma trinca. Como não percebemos isso, colocamos o caiaque na areia, montamos tudo e fomos velejar, eu e Karla minha esposa. Na saída nos enroscamos em uma linha amarrada a uma armadilha de pesca, soltamos e seguimos. Senti o caiaque pesado e o leme muito duro, mas seguimos assim mesmo achando que ainda havia algo enroscado no leme, com vento em popa e bem forte fomos para o final da lagoa. Como o comportamento do caiaque não estava normal resolvemos retornar para a margem para verificar o que estava errado, agora com o vento contra. Começamos os bordejos para retorno, mas Karla que estava atrás começou a verificar que a popa estava muito afundada e que estava ficando cada vez mais afundada. O caiaque ficou pesado demais e foi perdendo seguimento principalmente porque estávamos navegando em orça. A popa foi afundando e Karla avisando que já estava com muita água dentro do caiaque. Tentamos seguir para uma margem mais próxima, mas o tempo não foi suficiente, a popa afundou e a proa levantou, já com água pela cintura eu pedi para Karla pular na água para que o caiaque não fosse para o fundo, em seguida pulei para a água e começamos a empurrar o caiaque para mais próximo da margem. Já estávamos com água pela altura do peito e lama na altura do joelho. Uma enorme dificuldade para andar na lama e empurrar o caiaque cheio dágua. Enrolamos a vela no mastro e começamos uma caminhada na lama empurrando o caiaque por cerca de 300m até chegar na margem com praia onde poderíamos encostar o caiaque. Depois de um esforço enorme finalmente chegamos à praia e puxamos o caiaque para a areia. Somente depois de esvaziar o caiaque e desmontar tudo a ponto de conseguir virá-lo é que conseguimos entender o que tinha acontecido. Infelizmente nossa máquina que era a prova dágua também naufragou, encheu de água e pifou. Nesse dia estávamos velejando com Genilson, Danilo e Nívea. A Nívea teve problemas para retornar no contravento, isso é perfeitamente normal para uma pessoa que está na terceira velejada, ainda mais em uma lagoa onde o vento é extremamente turbulento, só que além disso a retranca do caiaque dela se soltou e caiu, o Genilson teve que rebocá-la também andando na lama até a praia. O Danilo teve problemas com o caiaque dele e não conseguiu velejar muito, foi até o final da lagoa e teve que desmontar o caiaque para trazer remando, mais uma vez foi o Genilson o Herói, ele trouxe remando o caiaque do Danilo e o Danilo voltou velejando o caiaque do Genilson. O interessante é que quando estávamos na praia desmontando o caiaque chegou um casal em um carro rebocando um Jet ski e logo colocaram o jet na água. O rapaz deu umas voltinhas com o jet e voltou para buscar a moça, foi sair um pouco e logo o jet pifou e teve de ser empurrado até a praia. No final recolhemos tudo e fomos comer um peixe ensopado no quiosque do João, afinal já era 16:30 e estávamos todos cansados e famintos. Vou acrescentar apenas as fotos do por do sol que tirei com o celular.






3 comentários:

  1. É, realmente foi um dia cheio de surpresas, mas, felizmente com final feliz. Bons ventos.

    ResponderExcluir
  2. Gente, isso ta parecendo história de sexta-feira 13....rrrrrrrrrrrrrrrrrr.
    Sua narrativa foi de arrepiar a minha longa e vasta cabeleira. Se me permite a opinião, leve o barco para benzer na igreja dos capuchinhos e por segurança consiga uma macumbeira porreta, que pelo fato ocorrido é mandinga das brabas....kkkkkkkk.
    Marcelo, claro que estou brincando e momentos assim realmente ocorrem. Agora resta reparar os estragos, ter cuidado redobrado na questão de transporte dos equipamentos e erguer a cabeça pois o próximo encontro será magnífico e prazeiroso.
    Bons ventos para você e Dona Karla!!!!!

    ResponderExcluir
  3. É isso aí, o que vale mesmo é a união dos amigos, no final restam as histórias para contarmos. Semana que vem o caiaque será levado para o Genilson promover os reparos necessários. É sempre o Genilson salvando a gente, parece até anjo da guarda (kkkk).

    ResponderExcluir